" A função de um pesquisador de marketing deve incluir aptidões de consultor, proficiência técnica e gerenciamento sólido.Seu maior objetivo é proporcionar informações capazes de identificar problemas e soluções de marketing de maneira a permitir que se efetuem as ações adequadas" Ron Tatham.

Vamos ao Benchmarking


Os Japoneses têm uma palavra chamada “dantotsu” que significa lutar para tornar-se o "melhor do melhor", com base num processo de alto aprimoramento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos concorrentes.
Esse conceito enraizou-se numa nova abordagem de planejamento estratégico. Durante a última década, ele tem produzido resultados impressionantes em companhias como a Xerox, a Ford e a IBM e é conhecido como Benchmarking.
E o que vem a ser Benchmarking?
É uma técnica que consiste em acompanhar processos de organizações concorrentes ou não, que sejam reconhecidas como representantes das melhores práticas administrativas. É um processo de pesquisa, contínuo e sistemático, para avaliar produtos, serviços e métodos de trabalho, com o propósito de melhoramento organizacional, procurando a superioridade competitiva.
Isto é, o Benchmarking consiste na procura de melhores práticas de administração, como forma de ganhar vantagens competitivas. Faz uso de pontos de referências que funcionam em vez de criar algo novo.
O Benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. O seu propósito é estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho das organizações através de um processo de aprendizagem. Isto é feito de duas maneiras:
1 – Identificando resultados excelentes, geralmente mensurados através de métricas ou indicadores. Tais resultados servem de estímulo para os esforços de melhoria e dão uma garantia que, através de esforços inteligentes, tais resultados poderão ser igualados.
2 – Identificando as chamadas melhores práticas que, geralmente com alguma adaptação à cultura e às peculiaridades da organização, podem servir de referência para uma mudança que leve a melhores resultados.
O objetivo principal de se fazer Benchmarking é implementar mudanças que levem a melhorias significativas nos produtos e processos da organização e, consequentemente, nos seus resultados. Qualquer organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer setor ou porte, pode utilizar o Benchmarking para entender e melhorar os seus processos.

O que Benchmarking é, e o que ele não é (Características)
Ele é...
- Um processo contínuo
- Uma investigação que fornece informações valiosas
- Um processo de aprendizagem com outros
- Um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina
- Uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo

Ele não é...
- Um evento isolado
- Uma investigação que fornece respostas simples e “receitas”
- Cópia, imitação
- Rápido e fácil

Acima, faço uma breve descrição do que vem a ser o Benchmarking, porém, essa é uma ferramenta muito poderosa nas decisões estratégicas das grandes empresas. Sugiro o aprofundamento no assunto e cito abaixo referências para informações mais detalhadas.

Referências
1. Camp, Robert C., Benchmarking O caminho da Qualidade, São Paulo, Pioneira, 1993.
2. Pagliuso, Antônio Tadeu. Benchmarking: Relatório do Comitê Temático, Rio de Janeiro, Qualitymark, 2005.
ISBN 85-7303-551-X
3. BOGAN, Christopher - Benchmarking – Aplicações Práticas e Melhoria Contínua - Makron Books
4. ARAÚJO, Luiz César – Organização, Sistemas e Métodos e as Modernas Ferramentas de Gestão Organizacional – São Paulo, Atlas: 2001
Ler Mais

Eles resistem mais à crise.



O desencadear da crise econômica mundial vem trazendo um dilema para milhões de lares brasileiros, que nos últimos anos, ascendera, socialmente com o aumento de renda e o acesso fácil ao crédito. Eles são a classe C, que hoje responde por mais ou menos um terço do mercado consumidor do País, do produto básico a habitação.

O que se tornou alvo de estudo foi o comportamento classe C frente à crise. Abaixo, descrevo parcialmente uma reportagem da revista EXAME, publicando pesquisa inédita do instituto Data Popular, feita sob encomenda para a agência de publicidade McCann Erickson, sobre mudanças comportamentais que, pelo menos até o final do ano passado, vinham embalando novos desejos da classe C.

A pesquisa mostra que o consumidor emergente passou a almejar desde o serviço de TV a cabo até a lipoaspiração. "Existe uma mudança cultural, mais do que econômica. São novos valores que influem no padrão de consumo", diz Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da McCann Erickson. Eles experimentaram as delícias do consumo e se transformaram no grande motor do mercado doméstico. Agora, temem que um dos mais devastadores efeitos da crise - o desemprego - paralise seu recém-adquirido acesso a um universo mais amplo de bens e serviços. A crise chega numa hora em que a classe C começava a sofisticar os hábitos de consumo. "A classe C continuará a consumir, mas de uma forma mais racional", diz Marcos Etchegoyen, vice-presidente da Cetelem, financeira do banco BNP Paribas. Mesmo com uma queda de padrão, a classe C, também chamada de classe média baixa, continuaria a ser, por sua magnitude, a melhor aposta de crescimento para as empresas.
O que também colabora para uma maior resistência da classe C frente à crise é sua composição. De acordo com a FGV, 63% da população acima dos 60 anos, faixa etária com mais de 10 milhões de membros, entra nessa classe. Boa parte dela é aposentada e, portanto, tem renda garantida pela Previdência Social. O mesmo raciocínio vale para o funcionalismo público. São 8,2 milhões de servidores federais, estaduais e municipais, com média salarial de 2 000 reais. "Nem toda a classe C é resultado da pujança do setor privado", diz Neri. "Há um importante componente de transferências públicas para essa faixa da população." Isso tem garantido estabilidade à classe C mesmo em anos de altos e baixos.
Mesmo mais resistente, a classe C está longe de ser blindada contra a crise. Embora haja expectativa de retorno gradual do crédito em 2009, a sensação de insegurança com o aumento do desemprego já acertou em cheio as vendas de produtos de valor mais elevado - como já se vê nos setores de carros e de eletroeletrônicos. "Sem otimismo em relação ao futuro, o consumidor não vai se endividar", diz Carvalho, do Ipea. Por outro lado, a construção residencial para a classe média baixa, incentivada por diversas medidas do governo, demonstra mais vigor. A MRV, construtora que atua nessa faixa, vem registrando uma recuperação. "Depois da paralisação dos negócios em setembro e outubro, as vendas vêm aumentando mês a mês", diz Rubens Menin, presidente da MRV. "A ação do governo foi decisiva para manter a atividade do setor, ampliando os recursos para os mutuários." Se o setor imobiliário será um ponto fora da curva em 2009, só o tempo dirá. O certo é que os desejos de consumo da classe C não desaparecerão - só serão adiados. "É isso o que virá depois da crise. O lado positivo é que as empresas terão mais tempo para se preparar", diz Fernando Mazzarolo, presidente da McCann Erickson.

Detalhe interessante da pesquisa

Na PESQUISA da McCann Erickson, foram entrevistadas 508 famílias em cinco capitais brasileiras, com renda entre 1 000 e 2 000 reais. Também foi realizada uma fase qualitativa, na qual equipes da agência passaram uma semana em casas de consumidores emergentes para analisar o estilo de vida. No trabalho, a TV de plasma surge no topo da lista de desejos de 68% das famílias entrevistadas. Em seguida aparece o celular com câmera digital. O computador já é entendido como fundamental na vida das famílias da classe C. Segundo a pesquisa, tecnologia e entretenimento andam juntos, pois proporcionam diversão às crianças dentro de casa. Isso reflete o temor das famílias, sobretudo das que vivem nas periferias das metrópoles, em relação à violência urbana. O mesmo medo faz com que o exterior das casas nesses locais sofra uma espécie de camuflagem. Os executivos da McCann Erickson se surpreenderam ao ver residências recheadas de eletrodomésticos, mas sem pintura externa. "Há o receio de chamar a atenção, de destoar do bairro. Portanto, não adianta querer vender tinta para uma única casa da rua. Tem de ser para o quarteirão inteiro", diz Pinto, coordenador da pesquisa.

Por Fabiane Stefano, Revista EXAME, 22.01.2009
Ler Mais

A batalha no varejo - Como a pesquisa pode ajudar

Repletos de gente e com vendas crescentes, três formatos de loja mostraram em cores fortes a batalha travada no mercado: batalha de preços, expansão das marcas próprias e a canibalização entre canais.
Neste cenário, a indústria brasileira reconhece cada vez mais a relevância das variáveis de trade marketing como in-store mídia, preço, promoção, posição na gôndola, sampling, degustação que, se não bem trabalhadas, criam uma barreira para a marca através da intervenção negativa do shopper.
Os varejistas sabem que precisam trabalhar segmentos de shoppers e de loja, manusear informações de compras, aprimorar a experiência de compra, administrar a percepção dos seus preços e as marcas com seus papéis distintos na loja e na categoria.
Este quadro cria a necessidade crescente de informação sobre o shopper, que é respondida pela pesquisa de ponto de venda. Estes estudos muitas vezes são esforços complementares da indústria e varejo, criando posições de força equivalentes entre os parceiros.
A indústria e o varejo passam a reconhecer juntos, através da pesquisa, o papéis das marcas da indústria e do varejo nas categorias, a otimização de espaço e de vizinhança de categoria, de fluxo de loja, as oportunidades de cross selling, de exposição e mídia, as necessidades por perfil de shopper e missões de compra.
Através do conhecimento, varejo e indústria caminham colaborativos e afastam-se do simplismo da batalha de preços que leva ao fim da inovação e à queda de rentabilidade de todos.

Por Sonia Bittar - economista, pós graduada em História Econômica e pesquisadora especializada em shopper insights
(1) Bibliografia: Store Wars, Judith Corstjens and Marcel Corstjens – The Battle for Mindspace and Shelfspace
Ler Mais

Crise faz pesquisa assumir perfil tático e de curto prazo

Em tempos de bonança, anunciantes e agências de publicidade contratam pesquisas de mercado para entender melhor o consumidor e se antecipar às suas necessidades, traçando tendências.
Agora, em pleno olho do furacão, uma dúvida atormenta os departamentos de marketing e de planejamento: a pesquisa entra na coluna dos custos que devem ser cortados ou dos investimentos que precisam ser mantidos?
Diminuir o orçamento se tornou imperativo em 2009 - mas, se o mercado não cresce e o único jeito de conquistar espaço é tirar cliente da concorrência, menosprezar informação pode ser uma decisão desastrosa.
A saída encontrada pelos anunciantes: pesquisa tática, “sentir o pulso” do consumidor no ponto-de-venda: qual a sua reação a merchandising, às promoções e quanto o preço influencia na decisão de compra. Esse tipo de pesquisa, segundo empresas do setor, chega a custar metade do preço de um estudo sobre tendências, muito mais complexo, que pode envolver levantamentos estatísticos e qualitativos.
"A pesquisa tática se destina a resolver problemas imediatos, algo que ganha muito mais força agora do que os grandes estudos de segmentação, considerados estratégicos para iniciativas de longo prazo", diz Waldyr Pilli, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) e diretor da Larc Pesquisas de Marketing.
E essa tendência não se restringe ao mercado brasileiro. Em todo o mundo, os anunciantes estão à procura de estudos cada vez mais certeiros, que identifiquem com maior fidelidade o perfil do consumidor e quais as melhores mídias para atingi-lo.
Matéria resumida para o blog.
Fonte: Valor Econômico, 16.03.09
Ler Mais

Como funciona o setor de pesquisa dentro de uma agência de publicidade

Quando se fala em pesquisa logo vem à cabeça Ibge, Vox Populi, Data Folha e se pensa que pesquisar é um trabalho complicado e deve-se terceirizar.
Ouvir o consumidor e transmitir suas crenças para os diferentes departamentos da agência é a essência do trabalho da equipe de Planejamento e Pesquisa. Pesquisar é muito mais do que perguntar. Quando se utiliza de técnicas exclusivas, desenvolvem-se projetos de pesquisa preocupados em fazer as perguntas certas, da forma e na situação mais adequadas. Muitas vezes tais pesquisas não são de grande porte, descartando o uso de um instituto de pesquisa terceirizado.
Outro meio de se pesquisar é coletar as informações que já estão disponíveis de forma gratuita em livros, internet, cartórios e tudo mais que possa informar sobre consumidor, mercado, produto ou serviço ligado ao cliente.
A pesquisa parece banal, mas é a ferramenta mais utilizada por todas as economias mundiais.
Visualmente o profissional de Pesquisa deve prezar a boa aparência, de acordo com seu contato com o cliente. É imprescindível o domínio de ferramentas de estatística, metodologia de pesquisa, ferramentas de pesquisa e análise de dados. Vale a pena, também, cultivar a cultura por meio de leitura de jornais e revistas de informações gerais.
Este profissional precisa dominar a informática, como usuário, no mínimo o Pacote Office, ou seja, Word, P. Point e Excel, este muito bem para poder transformar em gráficos os dados pesquisados.
Ler Mais